quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A diferença dos Amores




Faz algum tempo, ou melhor, muito tempo que não escrevo nada aqui no blog, ultimamente os textos que tem saído da minha caixola estão ficando abandonado entre tantos outros arquivos engavetados em meio ao empoeiramento digital na escuridão do vasto acervo de bits e bytes que possuo no meu bom e velho HD externo.

Mas não este, que resolvi compartilhar com quem quiser ler e tiver a paciência de chegar ao fim dele. Este texto trata de algo simples e complexo ao mesmo tempo, o bom e velho conhecido sentimento chamado AMOR. O que eu quero demonstrar nesse texto são as três formas que existe de AMAR. Discorrerei sobre essas três nuances que eu conheço do AMOR e que no auge da minha não tão pequena juventude já pude apreciar - e ainda aprecio - e que são conhecidas como Ágape, Eros e Filéo, se não são conhecidas por você caro leitor, ficará sendo depois de ler este post.

Quero explicar do meu ponto de vista as três formas de AMAR!

Para ilustrar esta visão sobre o AMOR usarei alguns exemplos femininos conhecidos por mim, três para ser mais exato e esses exemplos são pessoas, e essas pessoas tem nomes.

A primeira delas é a Célia e ela ilustrará o amor Ágape que é o AMOR incondicional, aquele que uma mãe tem pelo seu filho, aquele que a Célia tem por este Vinicius, que transcende todo o entendimento humano, que não acaba, que não cansa, que não satura, que mesmo machucado insiste em existir.
Ele é alimentado por algo sobrenatural, não imagino como seja gerar uma vida dentro de si próprio, o que penso é que por este motivo o laço deste amor seja assim tão forte, a ponto de resistir a muitas adversidades e nunca se esvair, por que mesmo depois de muito desapontar minha mãe, a Célia, creio que ela ainda continua me amando com toda a força que ela possui.
Este é o AMOR Ágape.
Por isso eu digo Mãe eu tenho um AMOR Ágape por você, assim como sei que você tem por mim.

A segunda figura irá demonstrar o AMOR Eros.
Quando eu tinha nove anos de idade e estava indo da 3ª para 4ª série do ensino primário conheci este tipo de AMOR, naquela época um AMOR totalmente inocente, mas também muito sincero, eu estava apaixonado pela Déborah (até hoje lembro como se escreve o nome dela, pois fui advertido por ela algumas vezes quanto a isso).
No começo da 4ª série eu pedi a Déborah em namoro, e ela aceitou e o auge desse namoro foi quando fomos ao shopping e eu pude andar de mãos dadas com ela. Senti-me a última bolacha do pacote. Lembro que fui a um aniversário dela e levei de presente um elefante de pelúcia muito fofo embalado em uma embalagem de balão também muito fofa (nossa tanta fofisse assim não é coisa de macho jurubeba como diria Xico sá), nesse aniversário dela até conheci os pais dela, tudo muito chic.
Alimentei esse AMOR durante o final da 3ª série, toda 4ª e o início da 5ª, quando vi a Déborah beijando a boca do seu primeiro namoradinho - de verdade, bem na minha frente, depois disso vi lentamente minha vida desmoronando pela primeira vez, fiquei desolado, confesso que chorei e disse para minha mãe que iria me matar, pois eu havia achado que minha vida tinha acabado.
Bobagem, eu mal sabia que essa seria só a primeira de muitas decepções Eros-AMOROSAS que eu teria na vida. Este é o AMOR Eros, entre homem e mulher, macho e fêmea, menino e menina, marido e mulher... E diferente do Ágape que não acaba, este aqui pode até ser verdadeiro, mas como Vinicius de Moraes disse, "Que não seja imortal posto que é chama, Mas que seja infinito enquanto dure.". Déborah eu te AMEI e foi bom, agora não mais.

Para finalizar falarei de uma figurinha muito importante para deixar tudo claro acerca do AMOR Filéo.
Tábata, uma menina muito sapeca, que mais parece um homem travestido em mulher, não pela aparência, mas pelo forte laço de amizade que possuo com ela.
Esse AMOR que mutuamente sentimos um pelo outro é um AMOR sadio (não que os outros também não sejam), sincero e verdadeiro.
Quando precisamos encontrar algum refúgio calmo em meio a uma tormenta de AMOR-Eros, recorremos um ao outro; Quando queremos passar um tempo sentandos sem falar nada apenas com o copo de loira gelada ou o shot de fogo mexicano - tequila - na mão (e na boca) idem; Quando não temos motivo para nada, nos encontramos para criar um motivo e assim trocar carinho, abraços e palavras ternas do nosso AMOR-Filéo um para com o outro.
Sem soberba, malícia ou qualquer outro sentimento malandro que venha atrapalhar este lindo AMOR, Homem-Mulher sem interação de SEXO. Pois diferente do que dizem por aí, na minha cabeça amizade entre Pênis e Vagina existe sim, eu e a Tábata somos prova disso, pois eu nunca vi um AMOR Amigo e tão belo como esse.
Por isso digo, Tábata tenho um enorme AMOR-Filéo por você.

Para concluir este texto eu digo, AME, AME muito, AME tudo o que você puder, AME o máximo que você puder, a vida é curta demais para passármos por ela sem AMOR, então seja ele - o AMOR - Ágape, Eros ou Filéo, não importa, o importante é expressá-lo.

Um grande e amoroso abraço do Vinicius (Vinibroz)
Do seu AMOROSO Mundo Imaginarium.